sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Motoboys interrompem circulação na Marginal Pinheiros, diz CET

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Manifestantes protestaram contra a regulamentação da profissão.
Eles fizeram atos durante todo o dia e chegaram a travar a Av. Paulista.

Do G1 São Paulo
Motociclistas bloqueiam sentido Interlagos da Marginal Pinheiros (Foto: Reprodução/TV Globo)Motociclistas bloqueiam sentido Interlagos da
Marginal Pinheiros (Foto: Reprodução/TV Globo)
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou na noite desta sexta-feira (1º) que um grupo de motoboys realizou bloqueios momentâneos da circulação na Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, das 19h05 até as 20h. Eles protestaram contra a regulamentação da profissão, que passa a valer em todo o país neste sábado (2).
Por volta das 19h20, o motorista enfrentava mais de 5 km de filas neste sentido da via, entre as pontes Ary Torres e João Dias. Em toda a cidade, a CET registrava mais de 170 km de congestionamento.
São Paulo teve o maior congestionamento do ano, segundo a CET.  Às 19h, a capital paulista tinha 187 km de lentidão. O maior índice anterior do ano, de 153 km, havia sido registrado no dia 24 de janeiro, véspera do feriado de aniversário da cidade.
Protestos
Motoboys fizeram protestos em diferentes pontos da capital paulista nesta manhã contra a aplicação das novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), causando lentidão na Marginal Pinheiros e travando a Avenida Paulista em ambos os sentidos.
Os manifestantes pararam em frente ao gabinete da Presidência da República em São Paulo, na própria Paulista, para enviar um ofício pedindo o adiamento da fiscalização. “A demanda que nós protocolamos já se encontra no gabinete da presidente da República em Brasília. Então, nós estamos aguardando uma resposta”, disse o presidente do sindicato dos motociclistas (Sindmoto), Gilberto Almeida dos Santos. O sindicato informou que, caso a reivindicação não seja atendida, os motoboys farão diversos protestos a partir deste sábado em todo o país.
A resolução do Contran exige que os motofretistas tenham um curso de 30 horas e equipem o veículo com antena contra linha de pipa, protetor de perna, fitas refletivas na lateral e no baú do veículo. A moto também precisará ser emplacada com placa vermelha. Ainda será obrigatório para o motociclista usar colete.
Segundo o presidente do Sindmoto, é impossível ocorrer a fiscalização em todo o território nacional, e citou a Grande São Paulo como exemplo dos problemas existentes, já que dos 39 municípios, apenas três possuem a regulamentação da lei federal e oferecem os cursos. “Como é que os trabalhadores vão conseguir se regularizar num período curto”, questionou.
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, dos 300 mil motofretistas da cidade de São Paulo, apenas 13 mil fizeram o curso teórico exigido. A multa para aqueles que não seguirem as novas regras varia de R$ 85 a R$ 191 e os motofretistas podem até ter a carteira suspensa.
Segundo o presidente do Sindmoto, dos 645 municípios do estado de São Paulo, apenas cerca de 10% têm as regulamentações municipais exigidas pelo Contran. O sindicalista afirma que, sem a legislação municipal, mesmo o motociclista que fizer o curso não vai conseguir se adequar a todas as exigências.
Avenida foi totalmente bloqueada na altura do Conjunto Nacional (Foto: Tatiana Santiago/G1)Avenida foi totalmente bloqueada na altura do Conjunto Nacional (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Motoboys seguiram pelo Corredor-Norte Sul em protesto na manhã desta sexta (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Motoboys seguiram pelo Corredor-Norte Sul para chegar à Av. Paulista (Foto: Tatiana Santiago

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